domingo, 21 de setembro de 2008

Ex-istencialismo

O ser que constitui o objeto do desejo do para-si é, portanto, um em si que seria para si mesmo seu próprio fundamento. Assim, pode-se dizer que o que torna o projeto fundamental da realidade humana mais bem concebível é que o homem é o ser que projeta ser Deus. E se o homem possui uma compreensão pré-ontológica do ser de Deus, não foram nem os grandes espetáculos da natureza nem o poder da sociedade que lhe conferiram, mas sim Deus representa o limite permanente a partir do qual o homem anuncia a si próprio o que é. Ser homem é tender a ser Deus; ou conforme se prefira, o homem é assediado pelo ideal do "ens causa sui" que as religiões chamam de Deus. Por outras palavras ainda: "Sucede como se o mundo, o homem e o homem-no-mundo só chegassem a realizar um Deus fracassado. Sucede portanto, como se o em-si e o para-si se apresentassem em estado de desintegração em relação a uma síntese ideal.  Não que a integraçao tenha sido efetuada jamais, mas precisamente pelo contrário, porque ela é sempre indicada e sempre impossível". Infelizmente, "a idéia de Deus é contraditória e nós nos perdemos em vão"; o homem é uma paixao inútil. 

Robert G. Olson em Introdução ao Existencialismo, p. 78


É o que eu digo: Somos o universo dando-se conta de sí mesmo.

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