sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Neurônios = Universo

Desde a primeira vez que li algo a respeito da Teoria do Caos, me senti completamente fascinado. A princípio o próprio nome já me intrigava. Me indagava como era possível uma teoria sobre aleatoriedade? (Ainda que as duas não sejam a mesma coisa) Na época, imaginava a ciência como um método meramente estatístico e dentro desta concepção de fato é ilógico teorizar sobre algo "inestatisticável". 

Quem me salvou de acabar caíndo na loucura foi um matemático. Esse cara se chamava Leonardo de Pisa (1170 - 1250), também conhecido, após sua morte, como Leonardo Fibonacci. Encontrei as idéias dele quando estudava a oscilação do mercado financeiro, no intuito de me tornar milionário da bolsa de valores. Não tenho certeza se foi ele quem disse algo que resume exatamente o meu esforço de compreensão desse paradoxo em que eu vivia: "A ordem emerge do caos". Fibonacci foi quem primeiro descreveu padrões em comportamentos caóticos. Hoje suas teorias são usadas na previsão "parca" do mercado financeiro, da previsão do tempo e etc. E por mais que sua acurácia não seja a tal sonhada por nós, pelo menos conseguimos prever algo próximo do mínimo desejável. 

Pra entender melhor: o caos é pura desorganização, aleatoriedade, onde as coisas acontecem sem nenhuma intenção ou propósito, como tudo "aparentemente" no mundo. Analizando as coisas de um horizonte mais distanciado, Fibonacci percebeu que dentro dessa aleatoriedade, dessa desorganização, as coisas pareciam acabar em algum ponto se organizando. Com essa primitiva organização surgem alguns padrões, os chamados fractais, que são padrões que se repetem dimensionalmente. De certa forma isso se relaciona com o post que escrevi alguns dias atrás "A ciência do coletivo". Hoje achei uma foto que por mera "coincidência" (E há de se compreender o que essa palavra significa em sua ontologia), ilustra visualmente bem essa idéia. 


Os créditos das imagens são de David Constatine e saíram no New York Times. 

Pense comigo: Você, "ser" que lê esse blog agora, recolha-se a sua insignificância, mas ao mesmo tempo tenha ciência de sua importância. Você não passa de uma fagulha de energia instatânea de um elétron pra esse universo. Mas, dentro do seu cérebro, existem células, que são feitas de átomos, e nos elétrons destes átomos pode existir uma energia "infimomentânea" que imagina ter consciência assim como você. Eita porra...

 

2 comentários:

Anônimo disse...

Porra Doctor... viajando na maionese outra vez!!!

Anônimo disse...

Conheça Hakim Bey - talvez se interesse. aliás, eita porra!