domingo, 22 de fevereiro de 2009

O paradoxo da escolha

A TED conference, é um encontro internacional que acontece todos os anos em Monterey na Califórnia. Nessa conferência, grandes personalidades de diferentes segmentos se encontram para dividir uma coisa única: suas idéias. Esse ano teve até uma peraltice do tio Bill Gates, que abriu no auditório lotado um vasilhame contendo mosquitos supostamente infectados com malária. Porque só os pobres podem pegar malária? - perguntou ao fazer isso. 

Repassar idéias e conhecimento é a capacidade mais nobre do ser humano. Essa é a capacidade que faz do homem, como espécie, ser a dominante neste planeta. Por essa capacidade chegamos no nível evolutivo que estamos hoje. 

Revirando o youtube atrás de alguma coisa interessante sobre essa conferencia, encontrei esse vídeo aqui. 

Barry Schwartz, psicólogo norte americano, conta que saiu um dia para comprar uma calça jeans, encontrou tantas opções que não conseguia decidir-se, e ao fazer isso não sentiu-se satisfeito com a sua compra, ainda que sua calça fosse bacana. 

E por que não estava satisfeito? Acabou escreendo um livro todo para tentar dar essa resposta a si mesmo. 

Segundo Barry, o conceito industrial de liberdade é ter mais possibilidades de escolha, portanto é isso que a indústria faz.  Quando se vai à um supermercado, encontra-se uma inifinidade de diferentes aparelhos de tv ou som, cada um com alguma coisa diferente do outro. Também, quando alguém vai ao médico, este já não lhe diz mais o que deve fazer. O médico dá opções ao paciente. Ele lhe diz: você pode fazer "A" que tem estes benefícios e estes riscos, ou você pode fazer "B" que tem estes benefícios e estes riscos. 

Mas isto é bom ou ruim afinal de contas? 

Segundo Bary isto é ruim, pois causa uma espécie de paralisia. Muitas opções acabam por levar as pessoas a uma dificuldade de escolha. E mesmo quando fazem sua escolha as pessoas terminam menos satisfeitas, do que se tivessem menos opções de escolha. Uma maior opção de escolha, aumenta a expectativa sobre o que se quer. Por aumentarem suas expectativas com relação à algo, as pessoas passam a pensar que existiria alguma outra opção que seria a mais "perfeita", com a qual estariam mais satisfeitas. 

Isto faz com que se desfaça da escolha prévia e torne a fazer outra, na ilusão de que a outra opção seja a perfeita. Na prática, deixa-se o celular velho na gaveta e compra-se um Iphone. 

Por este fato, segundo Schwartz, a depressão na sociedade industrial tem explodido.  As pessoas culpam-se por não sentirem-se satisfeitas com os resultados de suas decisões. 

Algo um pouco juvenil, no meu ponto de vista, reduzirmos o comportamento desta forma, entretanto, tem lógica e é congruente. 

Ha, tá em inglês, sem legenda.




Um comentário:

Anônimo disse...

Até parece que é outra pessoa postando isso aí... Desconheço esse seu lado, aliás ele não existe!