domingo, 1 de fevereiro de 2009

ZeitGeist, Addendum - A crise é de consciência.

A velha atração pelas causas, raciais, sexuais, religiosas extremas e ao nacionalismo radical está começando a desaparecer. Jogamos com as regras erradas, pois no jogo só há uma regra: Saber que somos. A crise é uma crise de consciência. 

Segundo Jiddu Krishnamurti, "não é sinal de saúde estar bem ajustado à uma sociedade profundamente doente"

A sociedade é composta por instituições, e é com base eu seus valores que compreendemos o mundo. Destas instituições a mais incompreendida é a instituição monetária, que existe como uma das mais incontestáveis formas de fé. Como o dinheiro é criado, as políticas pelos quais é controlado, e como realmente afeta a sociedade são interesses inexistentes na grande maioria da população. 

No atual sistema financeiro, dinheiro é divida e divida é dinheiro. Fernando Herique Cardoso disse uma vez e hoje concordo, depois de ver este vídeo e entender melhor, que dívidas não existem para serem pagas, existem para serem negociadas. Cada dólar na carteira de cada cidadão é emprestado por alguem e devido à alguem. Portanto se todos fossemos capazes de pagar nossas dívidas, não existiria um centavo sequer em circulação. 

Essa é só uma introdução ao filme. Addendum, tem duas horas e uns quebrados de duração. O filme começa mostrando como funciona o sistema monetário e de produção de riqueza (a parte que mais vale a pena ver) e depois propõe um novo sistema de funcionamento baseado não no capital, mas nos recursos (Discordante em alguns pontos até pelo autor da idéia que diz não ser um sistema perfeito mas melhor do que aquilo que está ai). 

Quem me conhece sabe bem, não sou socialista ou comunista. Sou totalmente contrario à idéia que um mendigo deva viver com os mesmos recursos que eu, ou vice-versa. Penso assim pelo fato de que aquilo que eu posso produzir para o sociedade é muito maior que o que o mendigo produz ou pode produzir. Entretanto a distribuição de valores no atual sistema não é baseada na produção de riqueza, recursos ou valores. Ao contrário, tem recursos, ganha dinheiro, quem entende de dinheiro. Só! Ficar rico não é apenas uma questão de quem sabe ou faz mais, mas uma questão de quem empresta, cobra juros ou explora. Justamente por isso, quem ganha mais dinheiro são as pessoas que emprestam ou especulam e não aquelas que produzem algo significativo, enriquecedor. Até aí, isso não é um problema assim tão grande. Nada pior do que está hoje. Agora, imagine se todos estivessem preocupados apenas em existir desta forma e se preocupassem apenas em ganhar dinheiro: ninguém produziria mais coisa alguma. Não tenho pretensões de que o sistema mude. Eu mesmo sei que o sistema é assim e dessa forma considero que tenha de me adaptar a ele, com isso, invisto na bolsa, faço também minhas especulações. A mudança não pode vir de baixo, como propõe o vídeo. A mudança há de acontecer de cima e de baixo. Só um lado não fará mudança alguma no sistema. 

Entretanto, tenho de concordar: 

"Ninguém é mais escravizado do que aqueles que erroneamente acreditam serem livres", Johann Wolfgang von Goethe.


Clique aqui para ver o vídeo
Dica do Rui Castro, por e-mail.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nao aprendeu ainda a reforma ortográfica... ideia é sem acento agora!!!!